quarta-feira, 19 de outubro de 2011

PreSonus Studio One: já chegou a versão 2


A PreSonus acaba de anunciar o lançamento da versão 2 da sua DAW Studio One, um aplicativo multipista, para gravação e edição de áudio e MIDI, com efeitos, instrumentos e uma incrível facilidade de uso, tudo em um único software, que embora ainda não tenha alcançado o mesmo nome que outras DAW existentes, já conta com um número de usuários considerável, principalmente devido ao seu interface de usuário, que veio revolucionar este tipo de programas, e à interligação direta com as mesas digitais da marca, que contam com incríveis funcionalidades e capacidades de processamento, a preços que mais parecem promoções...

O anúncio da nova versão do Studio One da Presonus vem, segundo o fabricante, preparar o caminho para toda uma nova geração de sistemas DAW, algo que anteriormente outros fabricantes já alegaram. No entanto esta parece trazer alguns pontos, como por exemplo a compatibilidade com os dois sistemas operacionais Mac OSX (Snow Leopard e Lion) em 64 bit, assim como total compatibilidade com os sistemas Windows XP/Vista/7 (e alegadamente também já preparada para o futuro Windows 8). Além destas compatibilidades, são anunciadas mais de 100 novidades e melhoramentos, incluindo a capacidade de colocar novos takes de gravação em gravações multipista de comping (quando se grava pistas por cima de pista, de forma a posteriormente se escolher os melhores bocados de cada uma), possibilidade de edição MIDI multipista, detecção automática de transientes, com capacidade de edição de extração de Groove para aplicar automaticamente em novas pistas e a existência de grupos de pistas (folder tracks) para organização de projetos complexos. Ahh... é verdade, quase esquecemos de um detalhe: o Studio One 2 vem com uma funcionalidade exclusiva, a total integração do aplicativo de correção tonal Melodyne. E tudo isto com o mesmo tipo de interface simplificada, que facilita a vida a todos.

A integração do Melodyne da alemã Celemony foi conseguida de tal forma que, para o usuário, este aplicativo parece parte da DAW. Podemos editar dentro do próprio arranjo e trabalhar como se estivéssemos trabalhando com uma ferramenta nativa (na realidade a ideia é mesmo essa), podendo, logo que se termina a edição, fazer o processamento (rendering) do áudio no local, sem necessidade de transferências de um lugar para outro. Todas as edições feitas no Melodyne estão sempre sincronizadas com o Studio One 2, podendo inclusive trabalhar-se em ambiente não destrutivo, o que é realmente uma enorme vantagem, e que segundo a Presonus, é algo, até o momento, único no Studio One 2. Assim o Melodyne Essentials já vem autorizado e a trabalhar totalmente no Studio One Professional 2, sendo que nas versões Studio One Artist 2 e Studio One Producer 2 vem somente uma versão de teste, que pode posteriormente ser ativada.

Ao mesmo tempo já ficamos sabendo que vão existir três versões do aplicativo: Artist, Producer e Professional.

A versão Studio One Artist permite gravação e edição áudio e MIDI, trazendo 26 efeitos Plug-in de 32 bit, e quatro instrumentos virtuais, não tendo qualquer tipo de limite ao número de pistas e de instâncias de efeitos, a não ser as capacidades de processamento do computador. O Studio One Producer junta a isto o suporte para os protocolos ReWire e AU/VST, aumentando assim as capacidades de trabalho da DAW, juntando ainda capacidades de importação e exportação MP3 e ainda outros conteúdos adicionais.
A versão Studio One Professional junta tudo isto e adiciona o que chamaram a Project Page, uma solução de masterização integrada, a licença do processador Melodyne Essential, suporte para SoundCloud, permitindo assim partilhar os nossos temas, suporte para a norma Red Book CD, sincronismo para vídeo, e ainda mais efeitos nativos (para já estão anunciados mais cinco).

Em detalhe
Voltando às funcionalidades base do Studio One 2, passa-se a contar também com detecção automática de transientes, o que facilita e simplifica a tarefa de criação de grooves, bastando simplesmente clicar na tecla Q para se fazer uma quantização automática da batida e usar essa quantização para se aplicar a qualquer outro arquivo, ou para a acertar, editar, etc. Outra das grandes funcionalidades simplificadas na DAW da Presonus é a gravação e edição multipista de pistas feitas em comping, termo que se utiliza quando se grava em loop, gravando pistas umas em cima das outras. Para posteriormente se editar e descobrir os pedaços de música mais “bem feitos” e assim se criar uma pista com os melhores momentos de todas as outras. Na DAW SO2 não existe necessidade de se trocar de ferramentas quando se utiliza esta funcionalidade, os crossfades são automáticos, embora possam ser editados a gosto e, para se ouvir cada take ou região, basta clicar e segurar na tecla Alt ao mesmo tempo que se clica em cima do take que se pretende. Outra facilidade é a procura de arquivos e sons que na versão 2 pode passar a ser feita a partir de qualquer localização, bastando navegar pelo browser dentro do computador. E uma funcionalidade que faltava a esta DAW era a possibilidade de se agrupar várias pistas, podendo assim trabalhar-se num ambiente “mais limpo”. A V2 traz as Folder Tracks, acessíveis num único clique. Por exemplo, agrupando todas as pistas de bateria e percussão mais o baixo numa Folder Track, permitindo ver todas as demais pistas que vamos adicionando. Isto é importante tendo em conta que o Studio One não tem limites teóricos de pistas o que, em projetos MIDI pode fazer com que a nossa janela multipista se torne excessivamente complexa e “pesada”.

Passa também a ser possível editar várias pistas MIDI de uma só vez, ou seja, em vez de se editar pista a pista, podemos editar todos os dados e parâmetros que desejamos para todas ao mesmo tempo, o que é uma solução extremamente rápida de fazer acertos, cortes, trabalhar partes, etc., diretamente na página Music Editor.

Não querendo ficar para trás na revolução dos plug-ins, o Studio One original já trazia plug-ins muito bem-feitos, sendo que agora na V2, aumentou não só a quantidade como também as suas qualidades. O emulador de amplificação de guitarra Ampire passa a chamar-se Ampire XT, trazendo novos modelos, um novo sistema de criação de caixas, baseado em convolução, e uma completíssima seção de efeitos. Uma grande novidade será o novo reverb de convolução OpenAIR, com emulações super-realistas, baseadas em espaços reais e em emulações de unidades clássicas. E para possibilitar aos usuários criarem os seus próprios impulsos para a criação de novas convoluções, vem também o IR Maker.

Para finalizar, os que comprarem a solução Studio One Professional 2, passam a dispor também de uma suite de masterização totalmente integrada, com possibilidade de exportação DDP, edição de PQ e a capacidade de conversão de taxas de amostra de alta-qualidade, podendo assim trabalhar-se com arquivos com amostragens superiores no projeto e ao criar o projeto para a queima do CD baixar essas frequências de amostragem recorrendo a ferramentas de alta qualidade

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